Caminhada em Florianópolis une as forças de Segurança pelo fim da violência contra a mulher

Fotos: Ricardo Trida / Secom

Uma caminhada no Centro de Florianópolis uniu as forças de Segurança de Santa Catarina na manhã desta quinta-feira, 31, com um único objetivo: o fim da violência contra a mulher. O ato procurou também alertar para que as vítimas denunciem os crimes e se sintam amparadas pelo poder público, que prioriza esse enfrentamento em todo o Estado.

A caminhada dos policiais e servidores reuniu a Secretaria de Segurança Pública de SC (SSP-SC), a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Científica e o Corpo de Bombeiros Militar de SC. Também participaram entidades e ativistas que trabalham pelo fim da violência contra a mulher e os feminicídios no Estado.

A concentração ocorreu na escadaria da Catedral. Os participantes seguiram em caminhada pela Praça XV, o calçadão da Rua Felipe Schmidt e foi em direção ao Terminal de Integração do Centro (TICEN). Houve distribuição de panfletos com informações sobre como fazer denúncias, a rede de proteção do Estado e sobre o “violentômetro” (sinais que indicam o cuidado, como agir e os alertas).

Para o secretário de Estado da Segurança Pública de SC Paulo Cezar Ramos de Oliveira, que participou da mobilização, a caminhada reflete a integração e o trabalho primoroso feito para a proteção das mulheres e o combate aos crimes no Estado.

“Precisamos avançar muito nesta área e estamos trabalhando forte na prevenção e combate à violência contra a mulher como política de prioridade do governo do Estado. As forças de Segurança estão de parabéns por essa iniciativa”, afirmou o secretário.

“Um marco”

A coordenadora das Delegacias de Proteção à Mulher no Estado (DPCAMIs), delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila, considerou a demonstração pública de união e integração das forças de Segurança como um marco e um divisor de águas no Estado para que as mulheres se sintam amparadas.”

As forças de segurança estão unidas em defesa da mulher. É importante levar a informação de que as mulheres que entram para a proteção das forças de segurança, ou seja, aquelas que denunciam, as que pedem a medida protetiva de urgência e entram para a rede de proteção, não viram estatística de feminicídio”, destacou.

Para a perita médica-legista da Polícia Científica de SC, Lilian Brillinger Novello, SC está evoluindo neste tema e eventos como esse “que agregam as quatro instituições da segurança são fundamentais para que possamos garantir a integralidade dos atendimentos e realmente atingir o objetivo final de combater a violência contra a mulher”.

A tenente-coronel Ana Paula Guilherme, do Corpo de Bombeiros Militar de SC, enfatizou a ação conjunta. “Estamos juntos em todos os eixos da prevenção, monitoramento de dados, atendimento, assistência e a garantia de direitos, buscando essa integração que vai proteger a sociedade”, salientou.

:: Confira o álbum de fotos:

Caminhada da Operação Shamar. Fotos: Ricardo Trida/ Secom.

Incentivo às denúncias

A caminhada também procurou incentivar as denúncias pelas mulheres e ou familiares, conforme reforçou o comandante do 1º Comando Regional da Polícia Militar em Florianópolis, tenente-coronel Julival Queiroz de Santana.

Operação Shamar

“Existem várias formas de fazer a denúncia, que pode ser feita diretamente à PM pelo 190, pelo aplicativo PMSC Cidadão, o botão do pânico, e também pode ser feita a todas as forças de Segurança. É muito importante a mulher estar sensível a isso, assim como os seus familiares e trazer essa pauta a tona para que a gente possa apurar de forma devida”, alertou o comandante.

A caminhada fez parte do Agosto Lilás e da Operação Shamar. Realizada desde o dia 21 agosto, a Operação Shamar, cuja palavra em hebraico significa “cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar”, é uma ação nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Participação da Polícia Científica de Santa Catarina.

Denúncias

Entre as ações desencadeadas, por exemplo, estão atividades de inteligência preventivas, educativas, ostensivas e repressivas, visando o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Isso inclui atendimentos às vítimas de violência, levantamento de mandados judiciais em abertos específicos de crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher e cumprimento de mandados de prisão.

Os trabalhos consistem também na averiguação de denúncias oriundas por qualquer tipo de meio, especialmente do Disque Denúncia 181 e WhatsApp Denúncia (48-98844-0011) e Delegacia Virtual da Polícia Civil, bem como pelos telefones de emergências 190 da Polícia Militar e 193 do Corpo de Bombeiros Militar.