Os trabalhos periciais no local do desabamento em Joinville já começaram na noite de segunda-feira, 22, quando mais de 30 pessoas – entre adultos e crianças – ficaram feridas ao caírem entre os escombros da estrutura dentro de uma galeria de drenagem fluvial, no centro da cidade. Enquanto a equipe especializada em engenharia forense era acionada, peritos criminais e agentes de perícia que atuam no município foram até o local realizar as primeiras constatações e garantir o adequado isolamento e preservação do ambiente.
O diretor de Criminalística do IGP, perito criminal Tiago Petry, explica que esse cuidado é fundamental para se desenvolver a avaliação pormenorizada com melhores condições de visualização e acesso às estruturas. “Exames como esse requerem um cuidado especial por parte da perícia, que vai desde o correto isolamento e preservação dos vestígios até as precauções iniciais para garantir a segurança da equipe pericial que adentrará no local”, destaca.

Logo na manhã do dia seguinte, 23, a equipe composta por peritos criminais de diferentes regiões do estado, com formação em engenharia – que é reunida em casos de maior complexidade – se deslocou até o município e iniciou a análise das estruturas materiais. Os profissionais acessaram a área rompida e regiões adjacentes para a realização da medição das dimensões de elementos estruturais e dos vãos, assim como a execução de croquis (desenhos técnicos) e a obtenção de fotografias. Foi solicitada a remoção das estruturas e, à medida em que peças de interesse criminalístico eram encontradas, foram efetuados os devidos registros.
Para auxiliar na elucidação dos fatos, os trabalhos a partir de agora ingressarão na área documental, com a finalidade de confrontar registros e projetos com os achados no local, que passarão por uma análise aprofundada até a conclusão do laudo pericial sobre o ocorrido.
