Perícias realizadas em áudios e imagens são fundamentais para desvendar crimes

Nos últimos anos houve um crescimento de tecnologias que capturam gravações de áudio, imagens e vídeos. São câmeras de monitoramento, interceptações telefônicas, smartphones, dispositivos móveis, aplicativos de mensagens e redes sociais, que com frequência registram crimes.

Estas ferramentas também se tornaram um expressivo meio de articulação entre os criminosos, porém, softwares e outras tecnologias utilizadas pelos peritos do setor de Áudio e Imagem do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina (IGP/SC) têm sido usados, com sucesso, na realização de exames e Laudos Periciais que registram provas de cometimento de crimes, assim como filtrando informações importantes sobre crimes que tenham sido executados ou estejam em fase de planejamento.

A perita criminal Andressa Fronza explica que os exames realizados em registros de áudio e imagem tem o intuito de constatar o conteúdo de uma gravação, estabelecer se as falas ou faces são de um determinado indivíduo, estimar velocidades em acidentes de trânsito, além de vestígios de edição em áudios, vídeos ou fotografias.

“No setor de áudio e imagem trabalhamos com vestígios multimídias e realizamos perícias que vão desde exames que possam analisar o conteúdo de um áudio e de uma imagem, quanto verificar se aquele áudio ou aquela imagem passou por alguma edição. As imagens ou áudios são examinados e com uso de técnicas de processamento de sinais conseguimos melhorar o registro para observar, por exemplo, quais os caracteres da placa de um veículo, qual seu modelo, qual palavra foi proferida, qual a altura de uma pessoa, qual a dinâmica de um evento, dentre tantas outras possibilidades”, detalhou a perita.

Exames de biometria

O setor desempenha também outro tipo de exame bastante pertinente para investigações, os exames de comparação de locutores, comparação facial e comparação de indivíduo por imagem, popularmente conhecidos por Biometria da Voz ou Biometria Facial.

“Também realizamos exames que possam levar a autoria para concluir quem é aquela pessoa ou aquele rosto ou de quem é aquela voz que está na gravação. São exames de alta complexidade, pois confrontamos as características da voz, fala, face ou do corpo que estão presentes no registro que flagrou o crime, o chamado material questionado, com o mesmo grupo de características de um suspeito que é apresentado pela autoridade solicitante. Após a análise minuciosa é possível concluir se as características observadas no material questionado e padrão pertencem ou não a um mesmo indivíduo”, finalizou Andressa.

Texto: Assessoria de Comunicação IGP/SC
Foto: divulgação