Os exames de DNA utilizados para identificação humana se baseiam na comparação de amostras coletadas de restos mortais não identificados ou de pessoas de identidade desconhecida com amostras-referência de pessoas desaparecidas e de familiares. Dado que a identificação de pessoas pode ser realizada por diversos métodos – como impressão digital, análise de arcada dentária e análise antropológica, sugere-se que o exame de DNA seja utilizado somente quando um dos outros métodos referidos não estiver disponível, não for viável ou seja insuficiente para a realização da identificação.
A coleta de amostras de referência devem preferencialmente incluir amostras-referência diretas da pessoa desaparecida e amostras-referência de familiares de primeiro grau. São necessários pelo menos dois familiares de pessoas desaparecidas, na seguinte ordem:
I. Ambos os genitores (pai e mãe biológicos);
II. Um genitor (pai biológico ou mãe biológica), um cônjuge (marido ou esposa do desaparecido) associado aos filhos biológicos do casal (cônjuge e desaparecido);
III. Filhos biológicos (do desaparecido) e pai ou mãe biológica desses filhos;
IV. Um genitor (pai biológico ou mãe biológica) e um irmão biológico (do desaparecido);
V. Dois ou mais irmãos biológicos (do desaparecido); e
VI. De gêmeos idênticos (univitelinos).
As coletas para identificação de pessoas desaparecidas são realizadas apenas mediante consentimento do doador e não serão utilizadas para outro fim. As coletas de material biológico são realizadas através de um dispositivo contendo uma esponja na extremidade que é esfregada no interior da boca do doador, de forma não invasiva e indolor!
No dia da coleta é importante que os familiares tragam documento oficial contendo foto para que a doação de material biológico seja devida cadastrada. Também será tirada uma foto e coletada uma digital para garantir a identificação inequívoca do doador da amostra.
Os perfis genéticos obtidos dos familiares de pessoas desaparecidas e das referências dos desaparecidos serão confrontados regularmente com os perfis genéticos obtidos de pessoas de identidade desconhecida e de restos mortais não identificados presentes nos bancos de perfis genéticos de todo país.
Mensalmente os números de perfis genéticos relacionados a pessoas desaparecidas são disponibilizados no SINESP que pode ser acessado no link da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).