PCI – Polícia Científica de Santa Catarina

Polícia Científica de SC conecta crime ocorrido no estado a homicídio no Paraná

A Polícia Científica de Santa Catarina (PCISC) confirmou a relação entre dois crimes: um ocorrido em Santa Catarina e outro no Paraná. A identificação foi possível graças à primeira correlação interestadual realizada pela Polícia Científica de Santa Catarina por meio do Banco Nacional de Perfis Balísticos, mantido pelo Sistema Nacional de Análise Balística (SINAB). Projéteis e estojos coletados em uma ocorrência registrada no município de Itapoá, no Norte catarinense, foram relacionados a um homicídio ocorrido em Guarapuava, no Paraná.

O  cruzamento foi possível por meio da comparação automatizada de imagens digitais dos elementos de munição armazenados no banco nacional. As marcas deixadas no momento do disparo permitiram identificar que os artefatos partiram da mesma arma de fogo, possibilitando a associação entre os dois crimes.

O trabalho de busca por uma correlação — ou “hit” — começa muito antes de os vestígios chegarem ao laboratório. Na cena do crime, o perito de local realiza a coleta dos elementos balísticos, posteriormente, esses vestígios se somam aos recolhidos durante exames de necropsia ou atendimentos hospitalares. Após triagem e agrupamento, o material é registrado e custodiado, e assim, encaminhado para o laboratório balístico.

A perita-geral da Polícia Científica de Santa Catarina, Andressa Boer Fronza, ressalta a importância do resultado. “Essa correlação demonstra a força da integração entre os estados, a importância dessa tecnologia e a eficácia do SINAB. Santa Catarina é reconhecida como o estado mais seguro do Brasil, e a atuação da Polícia Científica tem papel fundamental nesse contexto, graças ao trabalho comprometido e técnico das nossas equipes periciais que atuam na linha de frente.”

O sistema SINAB é operado pela Polícia Científica em seu laboratório de análise balística localizado em Joinville. Desde sua adesão, Santa Catarina tem integrado o banco nacional, que reúne dados de todas as unidades da federação e da Polícia Federal.

Com essa tecnologia, é possível identificar ligações entre diferentes ocorrências, tanto dentro do estado quanto em outros pontos do país, sem que haja previamente um suspeito ou arma apreendida. O sistema ranqueia as imagens por similaridade, e as correlações são verificadas por peritos criminais com uso de microscopia e exames de microcomparação balística.

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